Qualquer desenvolvedor de software trabalhando com Java conhece tanto a utilidade quanto a complexidade da linguagem. Embora sua flexibilidade a torne uma das linguagens de programação mais populares, encontrar maneiras de usar o Java em seu pleno potencial pode revelar-se assustador para muitos codificadores.
Eis que surge o framework Spring, uma ferramenta para ajudar a simplificar a programação Java e expandir seu escopo. Um framework J2EE (Java 2 Enterprise Edition) popular, o Spring oferece uma variedade de módulos para suavizar os impactos no desenvolvimento de aplicativos.
Embora iremos olhar para alguns dos pontos fortes do Spring, nada disso fará muito sentido se você ainda não tiver um forte conhecimento de Java. Para entender melhor sobre Java, visite a nossa página sobre Java.
Coisas úteis para ajudá-lo a entender o Spring
O que é?
O primeiro passo é definir o Spring framework. Em termos leigos, o framework Spring ajuda a vincular diferentes componentes da aplicação. As aplicações J2EE são compostas de vários componentes costurados e deve-se tomar cuidado para evitar complexidade desnecessária. Qualquer um que trabalhou com Java já sabe que tudo é considerado um objeto. Spring age como uma ponte entre os objetos e ajuda a diminuir a dependência uns dos outros.
O contêiner Spring IoC (Inversion of Control) que, embora não seja necessário para usar todas as partes da estrutura, é uma grande ajuda na configuração e gestão dos objetos Java que o Spring cria, também são chamados de “beans”.
“Desenhe seus objetos para que eles dependam de uma força externa para fornecer-lhes o que eles precisam, com a expectativa de que essas dependências sejam sempre injetadas antes que alguém lhes peça para começarem a fazer seus trabalhos habituais”. (Autor desconhecido)
Assim, a carga é retirada dos objetos, mantendo o sistema limpo e trabalhando junto. Muitos programadores Java confundem como funciona o Spring e desperdiçam o seu verdadeiro potencial.
Spring ajuda a escrever menos código
Muitas aplicações J2EE contêm quantidades desnecessárias de “código de encanamento”. Ao ajudar a remover esse excesso, o Spring ajuda você a simplificar seu código. Os recursos gastos com a manutenção também diminuem.
BeanFactory
Para atingir seus objetivos, o Spring usa o BeanFactory, uma fábrica genérica que gerencia relacionamentos de objetos e também ajuda a recuperar objetos pelo nome.
É praticamente XML
O framework Spring usa muito conteúdo XML para configuração. Abaixo, está um exemplo de uma configuração BeanFactory:
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<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?> <!--DOCTYPE beans PUBLIC "-//SPRING//DTD BEAN//EN" "http://www.springframework.org/dtd/spring-beans.dtd"> <beans> <bean id="..." class="..."> ... </bean> <bean id="..." class="..."> ... </bean> ... </beans> |
O código acima é um arquivo de configuração. No entanto, você precisa inicializar o objeto BeanFactory para realmente fazer qualquer coisa. Abaixo, está o código para inicializar um objeto BeanFactory:
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ApplicationContext appContext = new FileSystemXmlApplicationContext("classpath:springconfig.xml"); BeanFactory factory = (BeanFactory) appContext; |
Conclusão
O framework Spring é uma obrigação para quem está lidando com muita complexidade em seus aplicativos J2EE. Se você ainda não conhecia o Spring, você pode aprender mais através da nossa página sobre Spring.
Assista também o livecoder MichelJung desenvolvendo com Spring: